Era um clássico entre Brasil e Argentina. Os dois protagonistas do futebol sul americano estavam representados pelo Flamengo e sua Nação e o River Plate, atual campeão e com quatro títulos da Libertadores. Desde a vitória do Flamengo, contra o Grêmio, e do River, contra o Boca, que todo mundo estava esperando esse jogo. E, os dois times fizeram jus a tanta expectativa. No fim, a qualidade venceu e o Flamengo conquistou o segundo título da Libertadores da América, para a festa de mais de 40 milhões de Rubro-negros apaixonados.
A final foi em Lima no Peru, já que, por causa dos protesto no Chile, o jogo teve que ser transferido para outro país. A partida começou tensa com muitos cuidados defensivos dos dois times. Nos primeiros minutos as duas equipes fugiram das suas características e apostavam muito mais nos lançamentos longos, do que no toque de bola. Aos poucos o River Plate foi mostrando que não está na segunda final consecutiva à toa. Com uma marcação muito dura, que às vezes beirava à deslealdade, os argentinos foram tomando conta do jogo. E, o primeiro gol surgiu por causa da marcação sob pressão que o River exerceu no começo do jogo. Saída de bola errada do Flamengo, jogada pela direita e cruzamento na área. William Arão e Gerson ficaram indecisos e bola sobrou para Borré. O centroavante argentino chegou a recuar e bateu de direita para abrir o placar.
Depois do gol o River Plate tomou conta do jogo. Com mais estabilidade emocional e confortável dentro de campo, os argentinos conseguiam anular os principais jogadores do Flamengo. O primeiro tempo terminou com os argentinos mais perto do gol do que os brasileiros do empate. No intervalo Jorge Jesus chacoalhou o vestiário e o Flamengo voltou mais ligado no jogo. O Rubro-negro conseguiu sair da marcação forte do River e começou a criar suas chances. A principal delas saiu dos pés de Gabriel Barbosa. Ele pegou o rebote dentro da área e chutou forte em cima da zaga. No rebote Everton Ribeiro ainda bateu de direita para a defesa de Armani.
O jogo se encaminhava para uma vitória sem sustos dos argentinos, mas Jorge Jesus mostrou todo seu talento nas substituições. Diego entrou no lugar de William Arão, que se lesionou, e deu outro ritmo ao meio campo do Flamengo. Do outro lado, Gallardo colocou Lucas Pratto pra segurar a bola no ataque. E, foi Lucas Pratto que deu a oportunidade que o Flamengo esperava o jogo todo. Pratto tava com a bola dominada no ataque, mas foi lento e perdeu. Bruno Henrique recebeu na frente e fez grande jogada. Rolou pra Arrascaeta que de carrinho cruzou pro meio da área. Gabigol bem posicionado só precisou empurrar pro gol pra deixar tudo igual. Aos 42 minutos o Flamengo ainda tava vivo na Final da Libertadores da América.
Tudo indicava a prorrogação. Mas, o Flamengo não desistiu. O Flamengo foi heróico. O Flamengo, foi Flamengo. Aos 47 minutos, Gabriel Barbosa recebeu um lançamento longo da defesa. O zagueiro Pinola, que tinha ganhado todas as disputas até então, falhou. Tentou cortar a bola e errou. Tentou afastar de cabeça e acabou ajeitando para Gabigol bater forte de esquerda e virar o jogo. Vitória gigante do Flamengo. Num jogo histórico, o Rubro-negro acreditou até o fim e conquistou o título. 38 anos depois o Flamengo é campeão da Libertadores da América. Em dezembro participa do Mundial de Clubes no Catar e pode encarar o Liverpool na final. A festa da nação ainda pode ser maior neste domingo. Mesmo sem entrar em campo o Rubro-negro pode ser Campeão Brasileiro. Jorge Jesus e seus comandados já estão na história do Flamengo.